Meu maior amante é o meu verso.
A ele me entrego, por inteiro.
Sem meias verdades.
Íntegra,
desnudo-me de razões.
E ele, também despido,
recebe-me, em brasa, o verso.
Não me enganam as linhas.
A essas tortas apenas empresto escrita qualquer.
E elas que se virem para devolver,
em rimas,
aquilo que, a meu verso, agrada;
assim, igualmente, meu coração.
Já que dele, Acalento, já fez ninho,
o meu verso.
Meu coração é seu ninho:
aconchego meu verso,
nunca espinho...
Mais que tema!
Meu lema: inventiva paixão.
O verso a quem sigo
é, verdadeiramente, meu farto caminho
de luz, treva e exílio,
em plena multidão.
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